segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Estudo: quase metade de crianças autistas foge de casa nos EUA


Quase 50% das crianças americanas autistas fogem de casa e mais da metade esteve desaparecida tempo suficiente para preocupar os pais, revelou um primeiro estudo sobre este fenômeno publicado esta segunda-feira nos Estados Unidos.
Este comportamento, responsável por muitos acidentes fatais, chega a proporções alarmantes, alertaram os autores deste estudo, realizado com uma amostra de mais de 1,2 mil famílias e publicado na revista americana Pediatrics.
Os autistas que correm o maior risco são aqueles com deterioração intelectual importante, alguns dos quais não respondem quando chamados pelo nome, relatou o autor principal do estudo, Paul Law, do Instituto Kennedy Krieger e diretor da Rede Interativa do Autismo (IAN, na sigla em inglês), a maior rede dos Estados Unidos especializada em pesquisa online sobre o transtorno.
Esta consulta indicou que 49% dos pais de crianças autistas com quatro anos ou mais sofreram pelo menos uma fuga. Para 25% destes pais, seu filho é reportado como desaparecido tempo suficiente para gerar preocupação. Em média, as fugas duram 40 minutos.
Aproximadamente 65% dos pais disseram que os filhos sofreram acidente de trânsito e 24%, afogamento. Os pesquisadores também notaram que 46% dos autistas de quatro a sete anos fugiram - um percentual quatro vezes superior ao de seus irmãos e irmãs que não sofrem do transtorno.
Aos 8 e aos 11 anos, 27% das crianças autistas fugiram alguma vez em comparação com 1% de outras crianças da família. Em um ano, 29% dos pais reportaram que seu filho autista praticou múltiplas tentativas diárias de fugir, enquanto 35% informaram várias tentativas pelo menos uma vez por semana.
A fuga consistia em ir à casa de outra pessoa (74%), ir a uma loja (40%) e à escola (29%). Os pesquisadores afirmaram que é necessário fazer estudos adicionais para determinar se há tipos de fuga que demandem estratégias específicas de prevenção.
O autismo, a síndrome de Asperger e outros transtornos similares são diagnosticados em uma de cada 88 crianças nos Estados Unidos, segundo os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDCs).
 Portal Terra

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Dicas para a redação do Enem


O MEC divulgou o seu Manual para a Correção das redações do ENEM contemplando a definição das 5 competências que serão cobradas, cada uma delas valendo até 200 pontos em um total de 1.000.

Acompanhe o resumo contendo o primeiro (200 pontos) e o último (zero ponto) dos cinco níveis de desempenho que serão utilizados para avaliar cada uma das Competências que serão cobradas nas redações do Enem 2012:

Competência 1: Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita.

200 pontos

O participante demonstra excelente domínio da norma padrão, não apresentando ou apresentando pouquíssimos desvios gramaticais leves e de convenções da escrita. Assim, o mesmo desvio não ocorre em várias partes do texto, o que revela que as exigências da norma padrão foram incorporadas aos seus hábitos linguísticos e os desvios foram eventuais. Desvios mais graves, como a ausência de concordância verbal, excluem a redação da pontuação mais alta.

0 ponto

O participante demonstra desconhecimento total da norma padrão, de escolha de registro e de convenções da escrita.

Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento, para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.

200 pontos

O participante desenvolve muito bem o tema, explorando os seus principais aspectos. A redação contém uma argumentação consistente, revelando excelente domínio do tipo textual dissertativo-argumentativo. Isso significa que o texto está estruturado, por exemplo, com: uma introdução, em que a tese a ser defendida é explicitada; argumentos que comprovam a tese distribuídos em diferentes parágrafos; um parágrafo final com a proposta de intervenção funcionando como uma conclusão.
Além disso, os argumentos defendidos não ficam restritos à reprodução das ideias contidas nos textos motivadores nem a questões do senso comum.

0 ponto

O participante desenvolve texto que não contempla a proposta de redação: desenvolve outro tema e/ou elabora outra estrutura textual que não a dissertativo-argumentativa – por exemplo, faz um poema, descreve algo ou conta uma história.

Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

200 pontos

O participante seleciona, organiza e relaciona informações, fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao tema proposto de forma consistente, configurando autoria, em defesa de seu ponto de vista. Explicita a tese, seleciona argumentos que possam comprová-la e elabora conclusão ou proposta que mantenha coerência com a opinião defendida na redação.

0 ponto

O participante apresenta informações, fatos, opiniões e argumentos incoerentes ou não apresenta um ponto de vista

Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.

200 pontos

O participante articula as partes do texto, sem inadequações na utilização dos recursos coesivos. A redação enquadrada neste nível não poderá conter: frases fragmentadas que comprometam a estrutura lógico-gramatical; sequência justaposta de idéias sem encaixamentos sintáticos; ausência de paragrafação; frase com apenas oração subordinada, sem oração principal. Poderá, porém, conter eventuais desvios de menor gravidade: emprego equivocado do conector; emprego do pronome relativo sem a preposição, quando obrigatória; repetição ou substituição inadequada de palavras sem se valer dos recursos oferecidos pela língua. Entretanto, o mesmo erro não poderá se repetir, uma vez que essa pontuação deve ser atribuída ao participante que demonstrar pleno domínio dos recursos coesivos.

0 ponto

O participante apresenta informações desconexas, que não se configuram como texto.

Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

200 pontos

O participante elabora proposta de intervenção clara e inovadora, relacionada à tese e bem articulada com a discussão desenvolvida no texto. São explicitados os meios para realizá-la.

0 ponto

O participante não apresenta proposta de intervenção

Com a leitura atenta da definição dessas 5 competências e entendendo bem o que será cobrado para obter o melhor nível de desempenho, o candidato terá tudo para obter um excelente resultado na prova de Redação do ENEM.
 Do Yahoo Educação

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Processo de Edson é retirado da pauta

O Recurso Eleitoral Nº 4286030-89 , que tem como acusados Edson Vieira, sua esposa Alessandra Vieira e o vereador eleito que na época era candidato a vice, Dida de Nan foi retirado de pauta sem maiores detalhes do motivo da retirada. Aguardar agora para os próximos dias se irá ou não para julgamento.
Do Blog Mala Política

Repasse para transporte dos estudantes universitários é recebido por construtora. Outras empresas ligadas à construção também transportam alunos e professores do município.

A ajuda de custo recebida pelos estudantes universitários de Santa Cruz do Capibaribe é feita estranhamente através de empenhos orçamentários expedidos pela Secretaria de Educação Cultura e Esportes, lembrando que a secretária não é ordenadora de despesas, com valores de R$ 16.377,91 e R$ 19.497,50 para a empresa COMPACTUAL CONSTRUTORA LTDA. De acordo com relatos dos  universitários, os empenhos não são repassados regularmente aos estudantes.
Outro fato curioso é que o transporte dos professores do cursinho, que são de Campina Grande, ofertado pela prefeitura é pago também através de empenhos a empresa CAVALCANTE E FERREIRA CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS LTDA e a empresa  F. J CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS LTDA, responsável pelo transporte escolar dos estudantes e pela construção de 3 (três) quadras cobertas nas escolas de nossa cidade  recebe empenhos da Secretaria de Educação e curiosamente também pertence ao ramo de construção.






Denúncia de problemas da escola no Facebook deve ser "responsável"; veja dicas de advogados


Após a reação de secretarias de educação em todo o país rejeitando as denúncias dos alunos em postagens no Facebook  sobre as condições das escolas, a reportagem do UOL ouviu especialistas  na área de direito educacional que apontam caminhos oficiais para o encaminhamento das reclamações dos estudantes.
“Talvez dar publicidade não seja a única resposta a esse tipo de problema.  Acho receoso essa responsabilização de pessoas que estão no ambiente  escolar. Uma manifestação de um aluno pode ser interpretada como um desrespeito ao exercício da função do professor.  Seria mais adequado tentar resolver inicialmente o problema dentro da esfera escolar.  Caso a  direção da escola não  resolva, buscar a diretoria  regional de educação ou a própria secretaria do município ou do estado”,   disse a advogada e assessora da ONG Ação Educativa, Ester Rizzi.
 Do UOL, no Rio de Janeiro

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Quase 60% dos pernambucanos são solteiros

O Censo 2010, divulgado nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que 59,5% dos pernambucanos são solteiros. A pesquisa ainda mostrou que 31,8% são casados. O número de pessoas que nunca se casaram no Brasil diminuiu de 38,6% para 35,4% da população.
Em Pernambuco, os divorciados representam 2,4% da população. 1,1% são separados judicialmente. Os viúvos são 5,2%.
CASADOS - Entre os pernambucanos pardos predomina a união consensual, que cresce no País. Quase 890 mil casais vivem juntos sem oficializar a relação, enquanto os que se casam no civil e religioso são mais de 605 mil. Os que registraram a união apenas no civil somam quase 417 mil, equanto só no religioso foram menos de 53 mil.
Na população pernambucana branca, o patamar é diferente. Os que casam no civil e no religioso são mais de 505 mil, enquanto os que estão em união consensual são quase 474 mil. Os que se casaram apenas no religioso são apenas cerca de 33,4 mil. Apenas no civil, o número sobe para mais de 265 mil.
Do NE10

Óleo de peixe e outros alimentos ativam memória e ajudam nos estudos


Estudar ainda é a melhor receita para um bom desempenho no vestibular. Mas em se tratando de comida, alguns alimentos podem, sim, dar uma forcinha extra, seja melhorando a concentração ou diminuindo o estresse do fera.
Óleo de peixe, por exemplo, é tiro e queda para deixar a memória esperta e auxiliar na absorção de informações, já que contém ômega 3 e 6, substâncias cujos ácidos graxos (EPA e DHA) são benéficos ao cérebro. A nutricionista Graça Albuquerque observa, no entanto, que as quantidades são fundamentais. "É bom ver na embalagem. Duas cápsulas precisam ter 720mg de EPA e 420mg de DHA. Com menos não há efeito", explica.
Graça também aconselha petiscar um mix de amêndoa, castanha, pistache, macadâmia e nozes, oleaginosas ricas em zinco, magnésio e silício. A misturinha, segundo a nutricionista, é boa para ajudar o vestibulando a ter uma memória ativa. Peixes e crustáceos cumprem essa função igualmente.
Por ser estimulante, a cafeína é velha conhecida de estudantes cansados e que precisam de energia para encarar os livros com mais disposição. Além do café, ela pode ser encontrada em chás (como o verde, o branco e o vermelho), no guaraná em pó e em chocolates. Esse último, diz a especialista, ainda tem aminoácidos que atuam no sistema nervoso e causam uma sensação de bem estar.
Contra o estresse da aproximação das provas, garante Graça, frutas vermelhas. "Framboesa, blueberry, morango, etc, são antioxidantes, que combatem os radicais livres causadores de estresse", afirma. E para relaxar - porque ninguém é deferro -, ela ensina: "À noite, comer banana e abacate (alimentos com serotonina, que estimulam o relaxamento)".
Do NE10

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Senado aprova criação de cadastro nacional de alunos superdotados


O Senado aprovou ontem (16) projeto de lei que institui o cadastro nacional de alunos com altas habilidades ou superdotados. Agora, a matéria segue para a apreciação da Câmara dos Deputados.
Pelo texto analisado em caráter terminativo pelos senadores da Comissão de Educação, todo o procedimento previsto em casos de estudantes da rede pública superdotados será consolidado pela União em parceria com o Distrito Federal e os municípios.
O projeto de lei prevê um prazo de quatro anos, a contar da data de publicação da lei no Diário Oficial da União, para o cumprimento das regras voltadas a esse segmento estudantil.

Senado aprova limite de alunos por turmas do ensino público


BRASÍLIA - As turmas de pré-escola e do 1º e do 2º ano do ensino fundamental da rede pública deverão ter no máximo 25 alunos. No caso das demais séries dessa etapa e do ensino médio, o limite é 35 estudantes. A restrição está prevista em projeto de lei aprovado ontem (16), em caráter terminativo, pela Comissão de Educação do Senado.
O texto, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/1996), agora será analisado na Câmara dos Deputados. O autor do projeto, Humberto Costa (PT-PE), destacou que o elevado número de alunos por turma impede o acompanhamento e o aprendizado de cada estudante da rede pública.
Pelo texto aprovado na comissão, uma vez aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, a nova lei entrará em vigor em 1º de janeiro do ano subsequente ao da publicação no Diário Oficial da União.
O Globo

sábado, 13 de outubro de 2012

O Marketing Eleitoral no Brasil


Foi no período Imperial que a história do voto no Brasil teve seu início. No entanto, naquela época, os responsáveis pela decisão das eleições eram apenas os patrões, considerados as únicas pessoas habilitadas a votar. Contudo, o voto jamais era secreto e havia uma forte ligação com a igreja, inclusive sendo esta, a sede das eleições.
No dia da grande eleição, os eleitores (patrões) eram obrigados a participarem de uma missa, antes do início das atividades políticas eleitoreiras. No ano de 1894, houve uma grande modificação na dinâmica eleitoral, ampliando-se o número de eleitores, não permanecendo somente os patrões com direito a voto.
Foi determinado que todos os homens que obtinham renda acima de 100 mil réis tinham direito ao voto, os demais ainda permaneciam excluídos do processo.
Historicamente essa relação do voto com a população vem sofrendo contínuas transformações, e nos dias atuais o voto eletrônico passou a ser a grande novidade para todos os envolvidos no processo, incluindo-se, então, as mulheres e jovens como cidadãos eleitores.
No Brasil, cada vez mais está ocorrendo a substituição de antigos métodos tradicionais político-eleitorais pelo marketing político . Nesse sentido a maior mudança ocorre no âmbito decisório partidário.
Ou seja, se anteriormente as decisões eram tomadas unicamente pelo chefe político do lugar, ou em alguns casos, por uma equipe estruturada de cabos eleitorais, contemporaneamente elas são definidas em função da imagem construída no período de campanha.
Por isso, ressalta-se que, ao contrário do que acontecia anteriormente, nos dias atuais o setor de marketing passou a ocupar lugar de destaque, sendo reconhecido como o verdadeiro cérebro da campanha, o núcleo de todas as decisões e esquemas políticos.
Deixando-se para trás a premissa de que o centro da campanha era baseado nas propostas políticas. Foi na campanha presidencial de Jânio Quadros que se pode perceber, ainda que discretamente, as primeiras aparições do marketing na política brasileira.
Obviamente que ainda não era conceituado enquanto marketing político ou profissional de marketing, mas ao contrário, o que se percebeu naquele tempo foi que o próprio Jânio realizou sua campanha, quase que de forma intuitiva, mas com dinâmicas efetivas diferenciadas das anteriores (MANHANELLI, 1988).
A campanha de Jânio Quadros configurou-se como inovadora, não em função do número de propostas apresentadas, nem tampouco em função das inovações que ele pretendia fazer no governo, mas sim em função de aspectos diferenciados das campanhas conhecidas até então: cabelos cuidadosamente desgrenhados, segurando sanduíche de mortadela.
E, trazia para embalar a campanha um jingle totalmente inovador, voltado ao ataque da corrupção por meio dos versos: "Varre, varre, vassourinha".
Assim como o desenvolvimento das campanhas sofreu mudanças significativas, também a sociedade se transformou em função de novas tecnologias, novas necessidades e desejos.
Desse modo, a relevância do Marketing Político nos processos eleitorais é consequência da realidade contemporânea, na qual as pessoas passam mais tempo ouvindo rádio e assistindo televisão do que percebendo a si mesmas e suas relações de convivência.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Um deficiente visual no Poder

José Carlos da Silva, do PSC, foi eleito vereador de Lagoa do Carros, o sexto da lista dos mais votados

A 48 quilômetros do Recife, em Lagoa do Carro, na Mata Norte, um dos novos eleitos para a Câmara de Vereadores é o assunto mais comentado nas rodas de conversa da cidade. Com 381 votos, o 6º mais votado, os lagoa-carrenses elegeram o deficiente visual José Carlos da Silva (PSC) como seu representante no legislativo. O novo vereador, 38 anos, vê nobreza nesse gesto. “Acho que esta vitória quebrou tabus, preconceitos. Lagoa do Carro, uma cidade do interior com pouco mais de 15 mil habitantes, deu um exemplo de cidadania para todo o País”, disse Carlinhos Massa, como é mais conhecido.

Criança com muita dificuldade de aprender a ler pode ter dislexia; conheça o transtorno

Se o estudante tem dificuldade em aprender a ler e está muito atrasado em relação à turma, apesar de ter um bom professor, ele pode ter um problema de aprendizagem chamado dislexia. Não é uma doença -- ou seja, não existe um remédio que elimine os sintomas -- ou sinal de burrice -- a dislexia acontece em pessoas com diversos níveis de inteligência.
A dislexia é um transtorno no cérebro, em que o processamento das letras e dos sons acontece de maneira diferente. Por isso, o disléxico tem dificuldade para aprender a ler e escrever pelos métodos tradicionais. E, como o conhecimento na escola depende muito da leitura, os disléxicos têm uma dificuldade imensa em acompanhar a classe nas matérias. 
Segundo a Associação Internacional de Dislexia, um em cada dez indivíduos apresenta sinais de dislexia, como ler muito devagar ou ler mal, não saber reconhecer as letras ou, ainda, trocar as letras nas palavras. 

Sinais na infância

Quanto mais cedo esse transtorno for identificado, melhor para a criança. “O diagnóstico precoce, preferencialmente durante a infância, é fundamental para minimizar o impacto na vida acadêmica e na profissional”, diz a educadora Mônica Weinstein, que é presidente do Instituto ABCD, uma ONG que ajuda pais e educadores a enfrentarem o problema.
Há muitos casos de disléxicos que abandonam a escola por receber o estigma de burros ou preguiçosos. “Muitas das crianças possuem inteligência acima da média, apenas não recebem orientação e estímulos adequados” explica Thalita Peres, psicopedagoga especializada em neurociências, linguagens e educação, em Uberlândia, Minas Gerais.
Muitos pais passam de consultório em consultório sem que os profissionais encontrem qualquer problema físico com a criança ou o adolescente. Para chegar ao veredicto de dislexia, o estudante precisa ter um atendimento de uma equipe que trabalhe em conjunto. Esse time pode ser formado por um médico neurologista, um fonoaudiólogo e um psicopedagogo.

Pedido de socorro

Por desconhecimento do transtorno, o aluno pode ser taxado como preguiçoso ou burro – e, com isso, a criança ou o adolescente desiste de continuar se esforçando. A partir daí, ou ele passa a enfrentar as autoridades e dá razão à sua fama de indisciplinado ou fica com a autoestima tão baixa que acredita nos rótulos que recebeu.
Como a criança não consegue entender direito por que ela não aprende como os colegas nem sabe dizer o que está acontecendo, ela pode “pedir socorro” de outras formas. Pode começar a fazer palhaçadas que procuram desviar a atenção do problema, pode começar a apresentar sentimento de inferioridade, de tristeza e até de revolta. 

Um último aviso

É importante lembrar que nem toda criança que tem dificuldade para aprender a ler e escrever é disléxica. A avaliação multidisciplinar pode identificar outras causas que estejam atrapalhando o aprendizado da criança, como problemas de audição, de visão ou de relacionamento com a família ou com os colegas.

Tatiane Cotrim
Do UOL, em São Paulo