A notícia de que a Secretaria de Educação de Pernambuco vai contratar 4.404 mil professores temporários para o ano letivo de 2011 não foi bem aceita por todos os educadores do Estado. De acordo com o Presidente do Movimento Organizado dos Professores de Pernambuco (MOPROPE), Juarez Ribeiro, a contratação temporária proposta pelo Governo "vai contra a Constituição". As vagas são para trabalhar em projetos da secretaria e em algumas situações de ensino regular, quando houver necessidade de afastamento do professor titular, mas "de acordo com o termo de ajustamento firmado em 2007, os contratos só poderiam ser de caráter especial, para programas temporários, como o Se Liga e o Acelera", diz Juarez Ribeiro.
Além disso, Ribeiro informa que o Estado conta com uma quadro de reserva de mais de dois mil professores, aprovados em concurso público, mas que ainda não foram contratados. "Queremos a nomeação dos concursados. Caso eles não consigam nomear todos em tempo hábil, queremos a prorrogação do concurso." O concurso a qual se refere tem validade até o dia 17 de fevereiro de 2011, podendo ser extendido por mais dois anos. Dessa maneira, cerca de metade das vagas temporárias oferecidas pela Secretaria de Educação de Pernambuco poderia ser ocupadas pelos professores já aprovados.
Para tentar garantir os seus direitos, o MOPROPE prestou um queixa junto à Ordem dos Advogados do Brasil nesta sexta-feira (7), e na próxima segunda-feira (10), pretendem denunciar o caso ao Ministério Público. Além disso, sete representantes do movimento se reuniram nesta sexta-feira com a Secretária Executiva de Educação Margareth Zaponi para discutir a contratação dos professores que estão em quadro de reserva e sobre uma possível prorrogação do concurso em questão. Na próxima terça-feira (11), esperam receber uma resposta, e, caso seja negativa, planejam uma manifestação em frente ao Palácio do Governo a partir das 15h.
Do JC Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário